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Historic Endurance com dupla grelha no GP de Pau

Atualizado: 1 de jun. de 2023


  • Grelha do Historic Endurance divide-se em dois “Plateaux”

  • Pilotos podem correr nas duas corridas utilizando carros diferentes

  • Prémio para o vencedor do cômputo das corridas dos dois “Plateaux”



O Pau Classic Grand Prix é sempre um momento alto da temporada do Iberian Historic Endurance. Porém, este ano, o regresso às ruas do Pirenéus Atlânticos vai ter ainda mais encanto, assim como um outro formato desportivo. Serão quatro corridas, naquele que promete ser uma justa homenagem às históricas “3 Heures de Pau”.


Em Pau, dizem os locais, o Classic Grand Prix não é nostálgico, pois sabe como se renovar, reacendendo a chama de um passado glorioso. Em 2023, as “3 Heures de Pau” serão revividas nas quatro corridas de 45 minutos da mais conceituada competição de carros clássicos do sul da Europa.



Sendo assim, na prova francesa, o pelotão do Historic Endurance será dividido em dois “plateaux”. O primeiro “plateau” vai incluir todos carros Pré-66 e estará dividido nas seguintes categorias: viaturas construídas até 1961, Gentleman Driver Spirit (Turismos até 1965 até 2000cc + MGB + Porsche 911 SWB), a classe H-1965 e H-GTP&SC Pré-1966. Por seu lado, o segundo “plateau” acolherá todas as viaturas Pré-1976: Gentleman Driver Spirit (Turismos até 1976 e até 2000cc), H-1971 e H-1976.


Cada “plateau” terá duas corridas separadas de 45 minutos, o que equivale a dizer que o Historic Endurance terá pela primeira vez quatro corridas no sinuoso traçado do Circuit de Pau-Ville no mesmo fim de semana.


O vencedor do troféu das “3 Heures de Pau” será o piloto que cumprir mais voltas nas quatro corridas do Historic Endurance no fim de semana de 20 e 21 de Maio. Assim sendo, qualquer piloto pode inscrever-se em ambos os “plateaux”, somando assim voltas com o intuito de conquistar este renascido troféu.




Um pouco de história


As “3 Heures internationales de Pau” foram uma série de três corridas reservadas a viaturas de Grande Turismo, com a duração de três horas cada, organizadas pela Association Sportive de l'Automobile-Club Basco-Béarnais, no fim de semana de Páscoa de 1958.


A primeira das corridas de resistência do XVIII Grand Prix de Pau, para viaturas até 1000cc, foi disputada no domingo de Páscoa. O duo francês Gérard Laureau/Jean-François Jaeger, num DB Panhard, levou a melhor sobre o gaulês Paul Condrillier, que ao volante de um Alpine Renault triunfou na classe até 751cc, numa corrida em que a perícia dos condutores e a fiabilidade das máquinas ditaram o resultado.


Após uma pequena pausa entre corridas, realizou-se a segunda corrida dividida em duas classes: 1101cc a 1300cc, onde pautaram vários Alfa Romeo Giulietta Sprint Veloce e dois Lotus Eleven, e 1301-2000cc, formada pelos Porsche Carrera Speedsters e coupés, AC Ace-Bristols, entre outros. A dupla franco-brasileira Jean-Claude Vidilles/Hermano da Silva Ramos, num Lotus Eleven, venceu à geral e entre a concorrência da sua classe, ao passo que o italiano Giancarlo Sala, num Fiat 8V Zagato, foi o segundo a ver a bandeira de xadrez e ganhou a classe 1301-2000cc.


A terceira e última corrida estava reservada a carros com mais de 2.000cc e acabou por ser exclusivamente disputada com Ferrari 250 Europa. Após o som dos dez motores Ferrari de 12 cilindros ecoar nos Pirineus por três horas consecutivas, o favorito belga Olivier Gendebien, da Ecurie Francorchamps, saboreou o champanhe de uma irrefutável vitória.


Diogo Ferrão, CEO da Race Ready, comentou: “Os responsáveis do circuito tinham-me desafiado em refazer a prova de Pau com três horas de duração. No entanto, devido às dificuldades de reabastecimento, tal seria impossível. No entanto, como 40 dias depois da abertura das inscrições estas já tinham esgotado, resolvemos reeditar este formato usado na altura e dividir o pelotão em dois. Esta recriação histórica não contará com os carros divididos por cilindrada como na época, mas agora por idades, o que permite que carros entre 1955 e 1965 participem no “Plateau 1” e carros entre 1966 e 1976 participem no “Plateau 2”, sendo este um conceito mais actual e que permite que um piloto/equipa inscreva dois carros e tenha dupla hipótese de participar.”

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