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Historic Endurance com desfecho improvável no Estoril Classics


O Iberian Historic Endurance voltou a proporcionar uma das corridas mais imprevisíveis do programa do Estoril Classics, o maior festival de automóveis clássicos do sul da Europa.




O impressionante pelotão de 45 viaturas de excelência, o número máximo autorizado neste circuito, todas ostentando o emblema da Liqui Moly, lançou-se ao traçado do Autódromo do Estoril para disputar uma corrida de 50 minutos, incluindo uma paragem obrigatória nas boxes.





O “poleman” Paulo Lima adiantou-se na partida a Christian Oldendorff, mas a margem ganha pelo piloto português sobre o alemão foi dissipada logo à segunda volta com uma entrada curta do Safety-Car. No recomeço, Paulo Lima estendeu a liderança, mas ao fim de vinte minutos, já em período de dobragens, Christian Oldendorff saltou para o comando, onde ficou até às paragens nas boxes.




Uma segunda metade de corrida rocambolesca acabou por dar o triunfo ao desafortunado Paulo Lima, que acabou por beneficiar da penalização dada ao seu rival alemão para vencer. Christian Oldendorff, que fez a volta mais rápida da corrida, caiu para terceiro, atrás do Shelby Cobra Daytona de Olivier Muitjens.




Com o mote “Relaxed Historic Racing” e sendo esta uma competição que não coroa um campeão, mais importante que a classificação geral é a classificação nas classes. E se Paulo Lima venceu na H-GTP&SC, houve vários outros pilotos e equipas que saborearam o champanhe da vitória num dos grandes palcos da história do automobilismo mundial.



Na classe H-1965, o Shelby Cobra Daytona de Olivier Muitjens foi o primeiro a ver a bandeira de xadrez, apesar do AC Cobra do duo Damien Kohler/“Maverick” ter estado sempre na sua sombra ao longo da corrida. Na terceira posição ficou o Porsche 904/6 de Thorkild Stamp e Michael Holden que confirmou o andamento limpo e eficiente da qualificação.





Na classe H-1971, o Chevrolet Corvette da dupla Pedro Bethencourt/Nogueira Pinto liderou as primeiras voltas da corrida, mas acabaria por desistir com a polia da direcção assistida partida, o que causou que o carro americano ficou igualmente sem as correias auxiliares, alternador e bomba de água. O triunfo da classe acabou assim por sorrir ao duo Rafael Cerveira Pinto/Carlos Dias Pedro, que mostrou bom andamento no seu Alfa Romeo GTAm. O pódio desta classe ficou preenchido por dois Porsche provenientes de Espanha, o 911 S/T de Antonio e Ildefonso García e o 911 2.5 ST de Antonio Castro e Angel Lanchares. 



Cláudio Vieira tomou conta da liderança na classe H-1976 na primeira metade da prova, mas uma reviravolta nos resultados deu o triunfo a Frederico Brion Sanches e ao estreante Ricardo Megre. Na segunda posição ficou a dupla Carlos Brízido/João Pina Cardoso, ao passo que Cláudio Vieira ficou com o terceiro lugar, num “top-3” de Porsche 911 3.0 RS.



Na Gentlemen Driver Spirit (GDS), que engloba todas as viaturas equipadas com motores até 1300 cc e todos os carros de Turismo até 2000 cc, o Datsun 1200, uma viatura muito querida para os fãs nacionais, de João Neves/Francisco Gonçalves passou pela frente do pelotão, mas no final foi o segundo classificado atrás do Porsche 911 SWB vencedor de Nuno Nunes e Piero Dal Maso. Alberto e Tomaz Velez-Grilo, ao volante de um BMW 1800 TiSA, foram os terceiros classificados.




Se Paulo Lima e Christian Oldendorff ficaram com os dois primeiros lugares na classe H-GTP&SC, a última posição com direito a presença no pódio ficou para o regressado Carlos Barbot, que participou nesta festa com o seu Merlyn MK4.




O Index de Performance, premiado com um magnífico exemplar do prestigiado relojoeiro suíço Cuervo y Sobrinos, teve como vencedores Rui Belivacqua e António Magalhães, ao volante de um Alfa Romeo Giulia Ti Super. Um justo prémio para uma equipa que teve de trocar durante noite a caixa de velocidades do carro da marca de Arese. Nesta classificação, que considera diretamente a cilindrada dos automóveis, a sua antiguidade e outros fatores competitivos, o segundo lugar foi conquistado pela dupla João Neves/Francisco Gonçalves, no seu Datsun 1200, enquanto Alberto e Tomaz Velez-Grilo, ao volante de um BMW 1800 TiSA, completaram este pódio.




Após esta jornada de excelência, o Historic Endurance dirige-se ao sul de Portugal para disputar duas corridas inseridas no programa do Algarve Classic, o maior evento de automóveis clássicos no aclamado Autódromo Internacional do Algarve.






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